deTrinca

Minha demora para escrever tinha e têm motivos um tanto quanto óbvios. Na realidade é bem simples de entender, não quero escrever por escrever, não quero sentir-me pressionado a publicar algo que realmente eu não quero, entende? Tipo uma Susan Boyle, sacou? Mas chega de delongas, na realidade é que eu não tinha assunto e se aqui fosse comentar sobre política ou coisas afins seria sacrificado pela massa que dá ibope a este blog.

Pensando em como sanar este problema estrutural do blog cheguei a uma conclusão, um tanto quanto inteligente e óbvia. Para isso criei a coluna deTrinca que diachos é isto? Você deve estar se perguntando, mas calma lá irei prontamente responder.

deTrinca nada mais é que uma coluna que escreverá temas diversificados apontando três informações, por exemplo: namoradas, cachorros, brigas, beijos, tombos, gafes, etc... Quero deixar bem claro que vou começar a escrever sobre diversos assuntos e tudo que escrever vou apontar três pontos, hoje vou comentar sobre as minhas APANHADAS de infância, os motivos e os porquês eu apanhei de meus pais, para isso vou mostrar três delas. Complicado não é? Na realidade nem eu estou entendendo então vamos ao que interessa para não dar confusão.

 

Minhas Artes de Infâncias e Suas Conseqüências.

"Educai seus filhos com vara", essa afirmação veemente era dita aos quatro cantos da minha casa, segundo minha mãe a bíblia afirmava com clareza a forma de corrigir os filhos. Tente achei o endereço na bíblia, mas não achei. Na realidade eu sei que tem, mas o que quero provar não é o fato de apanhar e sim outro fato o de educar.

"Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele" (Provérbios 22:6)

Sim fui um pestinha na infância, aprontava todas, mas graças a Deus o CORRETIVO de minha mãe e principalmente de meu pai foram essencial para mim, hoje o que sou, sem dúvidas, devo a eles.

Quando fores em minha casa, minha mãe tem guardado no seu guarda-roupas, junto com uns casacos dela da época do BeeGees um álbum de fotos meu de infância, bem bonitinho sabe, o livro mostra quando comecei a andar, minha primeira palavra e por ai vai, lá também você encontrará minha primeira arte (espero que não esteja me confundindo com a do meu irmão) "com 05 anos de idade, peguei uma cadeira subi até a pia da cozinha e simplesmente joguei todas as louças que tinha" ou seja, comecei com chave de ouro, lógico não foi motivos para eu apanhar, alias foi motivos de orgulho, "meu filho fazendo arte", mas o destino já tinha preparado meu encontro com a VARINHA DE MARMELO que todo pai deve ter guardado a 7 chaves.

Devo deixar bem claro, meus pais me educaram perfeitamente e nunca ergueram a mão pra me bater por bater, sem motivo algum, lá em casa meu pai tinha uma tática para me bater. Eu apanhava por sílabas. Você já apanhou por sílabas? Hannn é a pior de todas. Sempre quando meu pai ia me bater ele pegava sua varinha e começava a dar e ia dizendo V0-CÊ-SA-BE-POR-QUE-VO-CÊ-ES-TA-APA-NHAN-DO-É-POR-QUE-VO-CE-MEN-TIU-PRA-MIM-E-FI-LHO-MEU-NÃO-VAI-SER-MEN-TI-RO-SO. E como doía, bem pausadamente eu ia apanhando por sílabas. Não foi uma muito menos duas vezes, incontáveis foram meu CORRETIVOS, de infância, já apanhei na frente de vó, de vô, de amigo, de vizinho, apanhei junto com meu irmão, com meu primo, apanhei na rua, no quarto, o pior era o chuveiro, como doía, minha mãe ficava me cassando o dia inteiro e lógico eu tinha um motorzinho no pé, comigo ninguém podia, mas ela tinha experiência era eu entrar no banheiro a porta batia, CARAMBA MEU chegava a implorar a presença de JESUS mas nunca adiantava. VINHA CHUMBO GROSSO.

Ressalto se você tem dó de bater no seu filho, porque acha errado, as conseqüências serão vistas no futuro. Por isso AMO meus pais pelo tanto que me corrigiram e me educaram segundo a bíblia. Hoje o deTrinca vai pronunciar as 03 apanhadas que valem a pena ser compartilhada.

 

1. BANHO DE CHUVA

Todos devem saber que não sou fã de tomar banho até hoje, não que eu não tome, longe de mim, mas é uma preguiça só. Só que tomar banho de chuva meu amigo como eu amava e amo ainda. Não tinha hora, começava a chover lá ia eu pra rua, deitava no meio-fio pra água barreada passar por mim, jogava bola, ia atrás das bicas pra água ficar caindo a melhor sensação do mundo só quem tomou banho de chuva na infância para compreender o que quero dizer.

Era um dia típico da minha família, meu pai viajando a trabalho, minha mãe dando aula eu e meu irmão sozinhos em casa, devia ter meus 8 anos de idade, naquele dia estava meio gripado e minha mãe disse:

- Senhor Diego não quero você na rua hoje, não é pra brincar e nada de BANHO DE CHUVA.

O que respondi?

- Tabom Mãe

O que meu cérebro entendeu?

- Filho querido você está doente mas se quiser brincar e tomar banho de chuva você pode.

Já se passava das 5 da tarde e onde eu estava? Na rua tomando banho de chuva, o alegria danada e aquele dia tinha dado O TEMPORAL o meio fio parecia verdadeiras hidromassagens natural e lá estava eu e meu irmão parecendo dois MOLEQUES DE RUAS, mas como diz o ditado ALEGRIA DE POBRE DURA POUCO.

Quando estou correndo na rua brincando para um carro na minha frente e só abaixo o vidro, parecendo aquelas cenas de filmes, quando o carro para e vai descendo o vidro e você avista o chefão dentro, no meu caso o chefão tinha nome e parentesco REGINA MICHELATO. Naquele momento ela não disse nada seu olhar penetrou ao meu, cortando toda sensação de alegria e mutilando qualquer tentativa de desculpas que eu já havia preparado. Numa reação de grande inteligência para uma criança de 8 anos eu tomei a melhor das decisões onde ela não me encontraria tão fácil assim, lógico o banheiro da minha casa, a minha base militar instransponível as tentativas de MAMÃE, doce engano. Liguei o chuveiro, agachei e esperei, segundo depois a porta bate, uma vez, duas, três... ...incontáveis vezes e um dizer ecoava no banheiro ABRE FILHO VAI SER MELHOR PARA VOCÊ, melhor eu apanhar agora ou depois? eu pensava. Não tive opção abri, em poucos instantes meu corpo franzino e nu sofria um grande impacto de cintadas e não foram poucas.

NUN-CA DES-RES-PEI-TE SUA MAE pode ter certeza nunca mais esqueci desta frase.

 

1. QUEBREI O BRAÇO

   Uma dos corretivos mais dolorosos de minha infância não veio de pai e nem de mãe, veio do meu avô é companheiro chumbo grosso comia de todos os lados, mas meu vô dava aqueles tapinhas mixurucas sabe? Só pra mostrar que é o patriarca, mas neste dia doe porque somou com o fator crucial em questão meu braço quebrado.

   Era uma tarde de sábado, de jogo de copa do mundo, 1990 pra ser mai exato, eu tinha 6 anos de idade, meu vô reuniu os netos para antes do jogo ir até seu sitio passear, andar a cavalo, coisas de sítio, ele tinha uma camionete azul D20 aquelas imponentes na época, santo Antonio na frente, carroceria de madeira, um CAMIONETÃO. Saindo pro sítio já pedimos:

   - Vô deixa agente ir em cima?

   - Sim, mas segurem no Santo Antônio (mulheres, proteção de ferro que protege o carro) para ninguém se machucar. Deixe eu te lembrar uma coisa, não era a primeira vez que andávamos em cima, mas ele sempre dizia isso. Proteção de vô.

   Eu lembro como se fosse hoje, estava eu, meu irmão, cozito e hebert, mais dois primos meus e lógico eu era o mais mirradinho da turma. E a casa de meu vô a garagem tem um certo declive e no final perto do portão uma grande copa de árvore, sempre quando saímos agente pendurava no santo antônio e pegava um punhado de folha. Era o máximo. Nesse dia não foi, pulei com toda força mas ao invés de segurar nas folhas eu segurei no galho e em poucos milésimos de segundo estava voando, com a pressão que o galho fizeram em reação a minha ação me levando para cima em um instante de ciência eu larguei o galho, doce engano a camionete já tinha passado, inacreditavelmente meu segundos depois meu braço estava entrelaçado e QUEBRADO no santo Antonio na frente da camionete a dor era uivante, chorava copiosamente. E você acha que meu vô me levou ao hospital? Não! Me colocou na camionete, me deu algumas bufetadas e dizendo para eu nunca mais repetir isso e me levou para o sito, eu sei que ele falou muito e ainda me dava uns petelecos ai depois que eu pedi perdão até pro fabricante de santo Antonio ele me levou ao hospital, hora mais tarde já com gesso, lembro eu indo andando do hospital (era pertinho da minha vó) e minha mãe virando a rua chegando de algum lugar, ai ela chorou.

 

1. OVO DE PÁSCOA

   Numa destas páscoa passadas qualquer, devia eu ter meus 10 anos de idade aparece minha mãe com uma cesta de páscoa gigante, algo nunca dantes visto por mim. Faltavam 2 semanas para a páscoa e minha mãe já deferiu suas palavras.

   - Não quero o senhorzinho mexendo nesta cesta só iremos abrir na páscoa, fui bem clara?

   O que respondi?

   - Tabom mãe

O que meu cérebro entendeu?

- Filho querido você pode comer a hora que quiser, mamãe te ama.

Minha mente arquitetou um plano ousado para não ser pego antes da data, abri um pequeno furo na lateral do ovo de páscoa, e retirava pequenas partículas de chocolate de dentro, a cada hora ia retirando um pouquinho mais, algo meticulosamente planejado, duas semanas depois o que se via era um plástico envolto ao vento.

No dia de páscoa após o almoço estou eu vendo TV ela entra e diz:

- Quem foi?

- Foi o que mãe?

- Quem foi?

Meu irmão numa atitude de auto-proteção que todos os irmão são bons disse:

- O Diego mãe

Companheiro como apanhei. EU-DIS-SE-PA-RA-VO-CE-QUE-NÃO-E-RA-PRA-CO-MER-ME-DES-RES-PEI-TOU-MA-IS-UMA-VEZ

 

A próxima deTrinca será: AS 3 FIGURAS DE RUA QUE MARCARAM MINHA INFÂNCIA